8 de Maio de 2018

Alberto Carvalho em entrevista ao DN

Alberto Carvalho, membro do Conselho da Diáspora Portuguesa, é superintendente das escolas do terceiro maior agrupamento americano.

O superintendente das escolas do terceiro maior agrupamento americano era chamado, no final de Fevereiro, a dirigir o sistema educativo de Nova Iorque, o maior do país. Recusaria o cargo para continuar o trabalho em Miami-Dade.

“Já vi muitos adultos quebrarem o espírito, os sonhos e as paixões de crianças e o meu trabalho tem sido sempre o de desconstruir os sistemas, torná-los mais humanos, flexíveis e inteligentes”, afirma Alberto Carvalho. O homem que há dez anos se senta na cadeira de superintendente do sistema educativo das escolas públicas daquele estado mudou as vidas de muitas famílias e continua a fazê-lo todos os dias. É por isso que não podiam deixá-lo sair, mesmo quando o mayor Bill de Blasio o escolheu para liderar o departamento de Educação de Nova Iorque.

“Eu não seria filho dos meus pais se escolhesse o caminho mais fácil só pelo título que ganharia. (…) Faço muito mais diferença no lugar que ocupo. Sei que facilmente ganharia se me candidatasse, mas como congressista seria um entre 435. Aqui tenho o poder executivo, à frente do terceiro maior sistema educativo do país (depois de Nova Iorque e Los Angeles).”

Noutros tempos, Alberto Carvalho foi o único dos irmãos a conseguir chegar ao fim do liceu – anos mais tarde, seria ele a ajudar o irmão dez anos mais novo a fazer a faculdade. E a sonhar ir muito mais longe do que o mundo que via das águas-furtadas onde sempre vivera. Hoje, fala do que nunca poderia ter sonhado. “A nossa economia tem um excedente de seis mil milhões de dólares, temos 1,2 mil milhões para construir escolas – graças a um referendo popular que submeti a votação e 77% das pessoas aceitaram pagar mais impostos para isso, porque acreditaram.”

A sua história vai-se confundindo com as das muitas famílias que influenciou pelo caminho. Mesmo porque nunca quis afastar-se das raízes que continuam a defini-lo como Alberto. “Rodear-se exclusivamente dos que estão no nosso nível de poder é uma estupidez, porque nos afasta daqueles a quem servimos. E eu sirvo crianças, adultos, toda esta comunidade, por isso todos os dias me reúno com pessoas de diferentes níveis da estrutura que têm cabeças incríveis e podem realmente ajudar-me, acho importante receber conselhos de todos”.

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Por Diário de Notícias, Abril de 2018