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30 de Dezembro de 2014

Portugal tem um desafio de crescimento

Com 71 portugueses, o Conselho da Diáspora quer atrair mais na China, Índia e Sudoeste asiático.
Pensar o futuro a longo prazo é um dos objectivos do Conselho da Diáspora Portuguesa (CDP), explica Filipe de Botton.

Outra meta é reforçar a ligação do país com a diáspora: “somos muito mais que os dez milhões que vivem no país”.
Que desenvolvimento tiveram as conclusões do encontro do ano passado?
Temos de nos habituar a pensar a longo prazo quando falamos de avaliar certos projectos e o CDP é um desses casos. Estamos a acarinhá-la e articulá-la, independentemente de sermos práticos e objectivos em concretizar acções com reflexo de curto prazo ou mesmo imediato. Talvez uma forma diferente que temos de actuar no CdDP face ao que é hábito em Portugal é que fazemos ‘follow up’ dos temas. Temos de nos impor um grande grau de exigência.
O que esperar dos temas escolhidos para a reunião deste ano?
São temas que consideramos estratégicos para o país mas, sobretudo, que contribuem para o crescimento. Este ano decidimos lançar dois novos temas na sequência de discussões do ano passado. Um que aborda Portugal como plataforma de exportação de serviços: o que fazer para acelerar. E um segundo tema que trata a prevenção da saúde na sua vertente oncológica, podendo resultar daqui importantes benefícios económicos e sociais e uma condição de sustentabilidade futura do sistema de saúde.
Vão estar vários líderes políticos, económicos e empresariais no encontro de hoje. Qual a mensagem que espera deixar?
A nossa grande preocupação é deixar clara a mensagem de que Portugal tem um desafio de crescimento e investimento que pode ser vencido através de mais ambição e de uma abordagem mais focalizada numa estratégia consistente com os pontos fortes do país. É nossa ideia deixar pistas claras, uma sugestão de ‘road map’, para serem seguidas e que representam as melhores práticas Internacionais nestas áreas, mas sobretudo que permitam a Portugal crescer de forma mais rápida e sustentada.
2015 vai ser um ano importante em termos de definição política e económica – como é que esse ambiente vai ser debatido no âmbito do Conselho?
O CDP assume uma posição neutral face aos ciclos políticos. Achamos, no entanto, que existem desafios e acções que devem ser lançados independentemente destes ciclos e da conjuntura. O pensamento e actuação do CDP estão focados nas oportunidades e no interesse a médio e longo prazo e em poder ajudar Portugal a aproveitar estas oportunidades, seja no reforço de uma imagem de modernidade do país ou na procura de fontes alternativas de financiamento da economia – recentemente trouxemos ao nosso país especialistas em finança islâmica e identificamos aqui uma enorme oportunidade para o financiamento das nossas infraestruturas. Mas também as cidades sustentáveis, o crescimento económico através da atracção de investimento externo e da exportação de serviços, a prevenção da doença e promoção da saúde. como um pilar para uma população mais saudável e valorização externa do nosso sector da saúde.
Por Económico, Helena Cristina Coelho, 22 Dezembro 2014