21 de Maio de 2020

Alexandre Tavares: “O meu objectivo é ser um “embaixador” de Portugal.”

Eterno curioso, aventureiro e ávido de aprender com as pessoas com quem trabalha. A ideia de ir gerir a região mais dinâmica e de maior dimensão da Novartis desde a Nova Zelândia até Marrocos, despertou em si uma enorme vontade de abraçar o desafio.

Alexandre Tavares é Head of Business Development and Strategy, Asia-Pacific Middle East & Africa na Novartis, em Singapura, desde Fevereiro de 2018. Após ingressar os quadros da Novartis Portugal exerceu durante dois anos o cargo de Finance Senior Manager, na mesma empresa, na Suíça (headquarters). Começou a sua carreira profissional na área financeira na empresa de cosméticos L’Oreal e, mais tarde, passou pela Warner Lambert. Entre 2003 e 2009, trabalhou na multinacional farmacêutica Bristol-Myers Squibb, onde foi Finance Manager e Business Controller. Em 2009, tornou-se Director Financeiro da Amgen biotechnology. Tem um bacharelato em Contabilidade e Administração e uma licenciatura em Auditoria, ambos pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL). Em 2007 concluiu o MBA em Gestão Internacional na European University. É membro do Conselho da Diáspora Portuguesa desde 2018.

O que diz Alexandre…

A ideia de ir gerir a região mais dinâmica e de maior dimensão da Novartis, desde a Nova Zelândia até Marrocos, despertou-lhe uma enorme vontade de abraçar este desafio. É em Singapura que ocupa grande parte do seu tempo, mas viaja com regularidade pelos 40 países que compõem a região.

Como surgiu o desafio de trabalhar para a Novartis em vários mercados internacionais?

O meu percurso iniciou-se na Novartis Portugal em 2014. O desafio de ir trabalhar na Ásia surgiu em conversa com a minha chefia após dois anos nos Headquarters em Basileia. Sempre tive um percurso em finanças e na altura já tinha exercido todas as posições que queria no Departamento Financeiro, em diferentes contextos e níveis de responsabilidade. O próximo passo seria a continuação do que já tinha feito anteriormente e ambos concordámos que seria o momento ideal para abraçar um desafio diferente e com maior responsabilidade na condução de negócios. A decisão envolvia sair da minha área de conforto pois a oportunidade que foi apresentada era em Business Development & Strategy com uma componente muito forte na área comercial.

Aceitou de imediato? Porquê?

Eu sou um eterno curioso, aventureiro e ávido de aprender com as pessoas com quem trabalho. A ideia de ir gerir a região mais dinâmica e de maior dimensão da Novartis, desde a Nova Zelândia até Marrocos, despertou em mim uma enorme vontade de abraçar este desafio, consciente, que iria ser muito difícil pois teria que estudar e aprender muito. Mas a experiência em Basileia deu-me imensa confiança. Depois de discutir com a minha mulher esta oportunidade, concordámos que seria óptimo para mim, mas ainda melhor para os meus filhos. Aceitei de imediato o desafio, vamos a isso!

O Alexandre é Head Business Development and Strategy, Asia-Pacific Middle East & Africa da Novartis. Quais são as suas principais funções?

A minha função passa essencialmente por coordenar todo o crescimento inorgânico da região e, em conjunto com a equipa de liderança, definir a estratégia comercial a médio e longo prazo. Para atingir esse crescimento, eu e a minha equipa, encetamos acordos comerciais com outros laboratórios farmacêuticos. Também procuramos empresas que queiram fazer o fabrico, promoção e venda dos nossos medicamentos. Com estas parcerias fomentamos a economia dos países onde a Novartis está presente. Fácil de descrever, mas muito difícil de implementar dado que cada contracto demora em média seis meses a concluir. Mas o desafio é extraordinário. Com esta experiência estou a adquirir mais competências dado o profundo conhecimento que retiro dos diversos sistemas de saúde e na adaptação cultural diária aos diferentes estilos de gestão e de negociação.

O que mais o fascina na indústria farmacêutica?

O que mais me fascina na indústria farmacêutica é a possibilidade de contribuir para que a ciência esteja ao serviço da sociedade. A inovação científica tem contribuído ao longo dos anos para que possamos viver mais tempo e com melhor qualidade. Doenças que no passado recente eram terminais, são hoje tratamentos crónicos como é o caso da SIDA e alguns tipos de cancro. A evolução da ciência tem sido tão rápida e promissora que não podemos desperdiçar esta oportunidade. A Novartis tem esse compromisso. Uma das nossas unidades dedica-se ao desenvolvimento e comercialização de terapias celulares e genéticas que visam potencialmente curar os doentes. E esta possibilidade de trazer às pessoas a esperança de uma vida melhor que me motiva todos os dias.

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Por Executive Digest, Maio de 2020