Mais de 3 mil peças, como os Painéis de São Vicente, que são a maior digitalização feita pela Google, “com mais de 140 mil milhões de píxeis”, ficaram disponíveis online numa parceria com o Estado.
“Somos a primeira geração que consegue preservar na íntegra o património”, disse esta terça-feira Bernardo Correia, diretor para Portugal da Google. A afirmação foi feita no antigo museu dos Coches, em Lisboa, no evento de lançamento de mais de três mil obras património cultural português digitalizados no Google Arts & Culture. O trabalho vindo a ser desenvolvido desde 2017 numa parceria entre o Estado português e a empresa tecnológica americana.
A ferramenta da Google, que também está disponível numa aplicação para smartphones, deixa qualquer pessoa aceder digitalmente — podendo utilizar-se funcionalidades de realidade virtual e aumentada — a obras de arte de todo o mundo. “A tecnologia e a forma como a Google Arts trabalha permite preservar obras de arte e prevenir acidentes que aconteceram [para proteger o património, como no Museu no Brasil]”, referiu a ministra da Cultura Graça Fonseca, que esteve presente no evento devido à colaboração do ministério da Cultura para concretizar esta iniciativa.
Para ver as peças do património cultural português e saber mais sobre a História do país preservadas neste arquivo do Google Arts & Culture, como um tour digital sobre “Inês de Castro, mulheres que quebraram barreiras”, “uma viagem com Luís Vaz de Camões” ou saber mais sobre os coches que Portugal tem, basta aceder ao site do projeto Portugal: Arte e Património.
“É uma extraordinária mais-valia para os nossos museus e para o nosso país” disse ainda a ministra da Cultura. Esta iniciativa fez parte do plano Simplex+, como explicou Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. A política socialista referiu que este programa governamental “é um aliado da cultura”, congratulando o trabalho feito para a digitalização deste património.
A Google, além de gerir e promover este projeto em parceria com o Estado português, juntou-se a vários museus portugueses para, diretamente, disponibilizar online o acesso a inúmeras peças, mesmo as que não em exposição permanente. Segundo David Santos, subdiretor da Direção Geral do Património Cultural, este é “o maior projeto digital de cultura em Portugal”.
Por Observador, Fevereiro de 2019