Os programas entre Portugal e o MIT, a Universidade do Texas em Austin e a CMU, vão ser renovados por mais dez anos.
Os programas entre Portugal e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Universidade do Texas em Austin e a Universidade Carnegie Mellon (CMU), vão ser renovados por mais dez anos, revelou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Manuel Heitor, que abriu ontem em Lisboa a conferência de apresentação pública dos resultados da avaliação da OCDE aos sistemas de ensino superior, ciência, tecnologia e inovação, explicou que estas parcerias com as universidades americanas vão abranger as áreas do espaço, oceanos, clima, indústria digital, supercomputação e ciência de dados, com uma ligação importante ao futuro Centro Internacional de Investigação dos Açores. O AIR Center foi criado em novembro de 2017 por Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Nigéria, Uruguai, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe numa cimeira em Florianópolis (Brasil), tendo o Reino Unido e a África do Sul como países observadores.
As parcerias com as três universidades americanas incluem atividades de investigação, desenvolvimento de novas tecnologias, formação avançada e criação de empresas. O programa de investigação aplicada de Portugal com o instituto alemão Fraunhofer – a maior organização desta área na Europa, que tem um polo na Universidade do Porto – vai também ser renovado, com a criação de novos polos nas universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro (em Vila Real) e de Évora. O objetivo é apostar na agricultura de precisão, em especial na robótica para o setor dos vinhos e para o regadio.
25 mil empregos científicos no sector privado
Entretanto, o Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, 15 de fevereiro, será dedicado ao conhecimento e à inovação e deverá aprovar medidas que dêem resposta às recomendações da avaliação da OCDE. A organização diz que Portugal tem de criar 25 mil empregos científicos no setor privado até 2030 (2000 por ano) para convergir com a UE, duplicar o investimento público anual em investigação (de €1240 milhões para €2450 milhões) e multiplicar por 3,6 o investimento privado anual (de €1550 para €4900 milhões), criar um novo modelo de financiamento das universidades e uma Estratégia Nacional para o Conhecimento e a Inovação.
Por Expresso, Fevereiro de 2018