12 de Fevereiro de 2020

Portugal é um “país totalmente democrático”

Portugal subiu de categoria no Índice de Democracia elaborado anualmente pela revista The Economist, passando de uma “democracia com falhas” para um “país totalmente democrático”, foi anunciado.

O relatório de 2019 foi divulgado nesta quarta-feira pela The Economist Intelligence Unit e é subordinado ao tema A year of democratic setbacks and popular protest (Um ano de percalços democráticos e protestos populares).

O estudo destaca que “dois países da Europa Ocidental subiram da categoria “democracia com falhas” para “país totalmente democrático”: França e Portugal.

De acordo com a The Economist, “ambos viram melhorias”.

“Em Portugal, a subida de categoria marca o culminar de um aumento gradual da confiança nos partidos políticos e no Governo”, salienta o estudo, que relaciona esta questão com o retrocesso na austeridade implementada durante a crise financeira.

O estudo adianta que Portugal se encontrava já no limiar da categoria da plena democracia.

Portugal conseguiu uma pontuação global de 8.03 (em 10), situando-se na posição 22 na classificação geral e 15 na classificação regional.

Na categoria de processo eleitoral e pluralismo, a revista atribui a Portugal 9.58, 7.86 no funcionamento do Governo, 6.11 na participação política, 7.50 na cultura política e 9.12 no que toca às liberdades civis.

No relatório de 2018, subordinado ao tema “Participação política, protesto e democracia”, atribuiu a Portugal uma pontuação global de 7.84 (em 10). Na área da participação política Portugal tem uma pontuação de 6.11, na cultura política 6.88, nas liberdades civis 9.12 e no funcionamento do governo e pluralismo 9.58.

Além de França (8.12) e Portugal (8.03), também o Chile (8.08) subiu à categoria mais alta do estudo, um grupo que reúne 22 países. No topo da lista está a Noruega, com uma pontuação global de 9.87 (em 10). Ao invés, Malta desceu para a categoria de “democracia com falhas”.

Só em 2006 e 2008 Portugal conseguiu uma pontuação melhor do que a actual, com 8.16 e 8.05 respectivamente.

Por Público, Fevereiro de 2020