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9 de Abril de 2020

Ventiladores made in Portugal em contra-relógio no combate à covid-19

Dois projectos de ventiladores pulmonares portugueses reuniram investigadores, médicos, empresas e mecenas. Ambos contam ter no fim do mês os primeiros ventiladores disponíveis e o destino é o Serviço Nacional de Saúde.

Ainda à espera do que nos vai reservar a pandemia de covid-19 em Portugal – haverá ventiladores para todos os doentes em falência respiratória aguda? –, pelo menos duas equipas portuguesas adiantaram-se na empreitada do desenvolvimento de ventiladores pulmonares. Muito distintos um do outro, mas complementares, esses dois ventiladores made in Portugal partilham o fundamental: salvar vidas e estarem disponíveis já no fim de Abril, a tempo de ajudarem a evitar uma ruptura de ventiladores no país, caso o número de doentes graves de covid-19 ultrapasse a capacidade actual de ventilação pulmonar nos serviços de saúde. Sem tradição tecnológica de ventiladores, Portugal vê-se com protótipos desenvolvidos numa corrida contra-relógio em resposta à emergência global de saúde causada pela pandemia.

Portugal tem hoje cerca de 1140 ventiladores. Especificando, segundo palavras do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, numa das conferências de imprensa diárias sobre a evolução da pandemia, o país tem actualmente uma “capacidade de ventilação de cerca de 1142 ventiladores, cerca de 525 em unidades de cuidados intensivos, 480 em blocos operatórios e com uma capacidade de expansão de cerca de 134”. Na quinta-feira, António Lacerda Sales acrescentou que a capacidade de ventilação no país iria duplicar nos próximos dias, entre ofertas, compras e empréstimos de ventiladores invasivos e não invasivos: 400 ventiladores invasivos foram oferecidos por várias entidades; outros 140 ventiladores não invasivos foram emprestados; e por fim cerca de 900 foram adquiridos pela Administração Central do Sistema de Saúde.

O número de doentes de covid-19 nos cuidados intensivos é agora de 245, segundo o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde desta sexta-feira. Em Itália, os médicos chegaram ao ponto de ter de decidir entre quem vivia e quem morria, entre quem recebia e quem não recebia um ventilador.

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Por Publico, Abril de 2020