Governo assina acordo de cooperação com o Ismaili Imamat, que vai investir 10 milhões de euros, durante 10 anos, em projectos de investigação que incidam sobre a qualidade de vida em Portugal.
O Governo assinou um acordo com o Aga Khan, que vai investir 10 milhões de euros, durante 10 anos, em projectos de investigação que incidam sobre a qualidade de vida.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Educação Superior e o Imamat Ismaili assinam, esta quinta-feira, um Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica, que visa a investigação conjunta em disciplinas emergentes no contexto da qualidade de vida. O Ismaili Imamat compromete-se a investir 10 milhões de euros, num período de 10 anos.
Segundo o próprio Ismaili Imamat, os temas objecto de investigação conjunta devem incidir sobre “disciplinas emergentes no contexto da qualidade de vida” como a segurança alimentar, a biodiversidade, o desenvolvimento na infância, o habitat, as energias renováveis, o acolhimento de migrantes, a sociedade civil e o pluralismo.
O acordo “enquadra-se no âmbito das crescentes relações diplomáticas entre ambas partes, conforme reflectido nos acordos assinados até à data”, escreve o Ismaili Imamat. Até agora já tinham sido assinados quatro acordos, tendo o primeiro sido assinado em 2005.
Este novo Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica vem concretizar uma medida antecipada no documento assinado em 2015, que previa a intenção do Imamat Ismaili em apoiar “ativamente os esforços da República Portuguesa para melhorar a qualidade de vida de todos aqueles que vivem em Portugal, nomeadamente através do desenvolvimento em Portugal de projectos de investigação de nível mundial naquela área e, em termos mais gerais, em matérias de interesse comum da República Portuguesa e do Imamat Ismaili”.
A gestão administrativa das bolsas será centralizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), sendo constituída uma Comissão Conjunta de Avaliação da Investigação com representantes da FCT e da Aga Khan para atribuição das mesmas e monitorização de resultados e impacto.
Por Observador, Maio de 2016